terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Guiné-Bissau no novo ano e depois da suposta tentativa de golpe de Estado: situação aparentemente calma

Apesar do clima de agitação que se viveu nos últimos tempos em Bissau, a verdade é que o país tem retomado a normalidade, nestes primeiros dias de 2012. Na sexta-feira passada, o Primeiro-ministro admitiu que os acontecimentos de 26 de Dezembro visavam eliminá-lo, mas acrescentou que cabe aos tribunais pronunciarem. Carlos Gomes Jr. lamentou as consequências que esta situação trouxe para o país, tendo sublinhado os compromissos existentes com os parceiros internancionais. Foi nessa mesma linha de preocupação que voltou a insistir na necessidade do país ser apoiado para acelerar e concluir o processo de reforma nas Forças Armadas. Gomes Jr. disse na sua intervenção que o país já estava a evoluir positivamente rumo ao desenvolvimento, mas este acontecimento provocou algum retrocesso. Pediu aos parceiros internacionais para manter apoios, o que foi prontamente respondido pela França e o sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau.
No mesmo dia, o Procurado-geral da República garantiu que a sua instituição já se tinha iniciado o processo da investigação e pediu a todos os suspeitos para se entregarem. Edmundo Mendes pediu igualmente as autoridades militares para cessarem a perseguição. O jovem Procurador-Geral da República sublinhou na sua intervenção que todas as deligências já estão a ser tomadas para que este caso tenha o "tratamento necessário" e recusou falar-se em coisas capazes de provocar mais problemas.
No que se refere aos suspeitos, o principal e que ainda se encontra à monte é Roberto Ferreira Cacheu. O deputado eleito nas listas do PAIGC e que mantinha uma guerra declarada com o presidente do partido, carlos Gomes Jr. foi novamente apontado nesse processo como uma das cabecilhas do suposto golpe de Estado. Um alegado atentado a subversão da ordem que continuou a dividir as posições. A sociedade civil, prefere condenar o ajuste de contas dos agentes da polícia de Intervenção Rápida com iaia Dabó, a oposição política diz que não se trata de um golpe de Estado, mas sim estratégias de eliminar os adversários adoptada por Carlos Gomes Jr.

DSSL

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