O desaparecimento físico no passado dia 17 de Dezembro da cantora cabo-verdiana, Cesária Évora, tornou-se num fardo pesado para os seus compatriotas. Todos falam da Diva, todos lamentam o seu desaparecimento, mesmo estando a volta dos 70 anos de idade, dizem que a Cize, ainda faz falta. Muita falta. Durante três dias, os cabo-verdianos choraram aquela que é até agora, a maior embaixadora da música moderna do país. No dia das cerimónias fúnebres realizado no passado dia 20 de Dezembro na Ilha de São Vicente, as mais ilustres figuras cabo-verdianas, desde Jorge Fonseca, presidente da República passando pelo Presidente da ANP e do PM e demais destacados deslocaram a ilha para acompanhar a diva a sua última morada. No cortejo fúnebre, os músicos caboverdianos decidiram fazer sentir, mas entoaram mais a "sodade" daquela que partiu e jamais voltará. Laura de Assunção (Lura), uma das melhores vozes femininas cabo-verdianas, aproveitou a ocasião para chamar atenção a todos os músicos cabo-verdianos sobre a necessidade de todos fazerem com que Cesária Évora fique eternamente. O ministro da Cultura Cabo-verdiana preferiu lamentar o vazio que a Cize deixou e prometer que o Governo tudo fará para imortalizá-lo.
Longe dos protagonismos, a vida da Cize começou a ter ênfase no público a partir dos ano 80. Com proposta de Djô, a diva deslocou-se a França apenas para cantar "um bocadinho" para os cabo-verdianos ali presentes. A experiência agradou e tornou-se numa chave para abrir as portas do mundo. Viajou depois para as proximidades (Luxemburgo), foi até a Bélgica, deslizou um bocadinho para Holanda, veio para Portugal, foi até Espanha e decidiu em nome do sucesso e bom trabalho, atravessar o Atlântico. Nas Américas cantou e encantou. E começaram a surgir títulos, homenagens e solicitações.
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