sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Retoma da normalidade condicionada com a detenção “sem resistência” de Bubo Na Tchuto

Montagem ou não, os efeitos das movimentações militares do passado dia 26 de Dezembro ainda continuam a ser sentidas em Bissau. Ontem todo o dia foi dedicado a recuperação das munições supostamente retiradas dos paióis. Ainda no mesmo dia, uma delegação da Liga Guineense dos Direitos Humanos visitou, José Américo Bubo Na Tchuto nas instalações prisionais de Mansoa, onde ele, aliás, é único detido. Não obstante não pronunciar para a imprensa, o Chefe do Estado-maior da Armada mostrou alguma serenidade aquando da chegada dos visitantes.
O problema maior neste momento no país chama-se Bubo Na Tchuto, por duas razões. A primeira é que o mesmo já havia afirmado que é inocente nesse processo; a segunda é que muitos cenários já estão a considerá-lo inocente, porque no dia das movimentações militares, dormiu na sua casa e queixava de dores num dos pés.
Estes dois elementos, são para muitos analistas, matérias para ilibar o CEMA e ainda quando se admite que a sua detenção foi orquestrada pelo poder político. Aliás, há quem admite que, se na verdade Bubo estava envolvido no golpe, não dormiria em sua casa até as 7 de manhã, tendo acordado só depois da conversa com António Injai – ou ainda estar a movimentar sem nenhuma protecção até ser detido sem qualquer resistência. Existem mesmo círculos políticos que falam na orquestração de uma estratégia para meter em choque o CEMA e o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, António Injai.
Bubo Na Tchuto, um dos chefes militares mais queridos no país pelos seus soldados, continua assim a ser único capaz de devolver tranquilidade aos guineenses. Todo o país está em suspense, a espera daquele que pode ser a sua reacção depois dessa detenção em que se considera inocente.

Fonte: DSSL

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