RECORD – Sempre que se fala de um jogo da Seleção ou do Real Madrid, considera-se que a vitória apareceu devido a Ronaldo ou que o resultado foi mau porque não apareceu no jogo. Sente-se cómodo com essa pressão?
CRISTIANO RONALDO – Não pode ser o 8 ou o 80, tem de ser sempre normal. Mas já estou acostumado a isso e tenho de saber viver assim mas, por vezes, sinto-me triste com esse tipo de pensamento, ou desiludido, mas já é um hábito.
R – Depois deste apuramento para o Europeu’2012, os portugueses ficaram com a ideia de que puxou a pressão do último jogo para si e respondeu à altura. No fim, quando cantou o hino, sentiu que as pessoas sempre o apoiaram desde o início?
C.R. – Sempre não, nem sempre. Mas é bom sentir o apoio de todos os portugueses, percebemos que as pessoas estavam muito felizes e esperançosas e nós, dentro de campo, jogámos com o apoio deles. Foi fundamental, pois a equipa jogou bastante bem e só assim é que conseguiríamos ganhar algo. Ganhámos à Bósnia com um excelente resultado e todos os portugueses desfrutaram e, graças a Deus, estamos no Europeu.
R – Todos falam esta época de um Ronaldo mais solidário em campo. Pensa assim também?
C.R. – Tenho a ideia de que estou praticamente igual. É claro que tento sempre melhorar ano após ano, e pode ser que faça agora mais assistências do que antes. O meu modo de ver o futebol é quase sempre o mesmo e não mudou assim tanto. Por isso respeito um pouco essa opinião das pessoas mas não o vejo assim. Eu não mudei, melhorei.
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