quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Questões da organização e opções técnicas continuam a constituir entrave

No mês de Outubro terminou a fase de qualificação para a Taça de África das Nações que vai ter lugar na organização conjunta de Gabão e Guiné-Equatorial. Na altura, a selecção nacional da Guiné-Bissau depois de seis jogos, conseguiu apenas uma vitória e cinco derrotas. Ganhou a Quénia por 1-0, logo no primeiro jogo, perdeu a seguir por 1-0 com Angola, perdeu em casa por 2-0 com Uganda, perdeu a seguir 2-1 com Quénia e terminou com 2-0 diante de Angola. Na altura, os responsáveis federativos nacionais qualificaram de positiva a participação, enquanto que a equipa técnica liderada por Norton de Matos garantiu que a Guiné-Bissau tenha encontrado uma selecção do futuro.
No mesmo mês, e para a busca de um lugar na fase de grupos para qualificação do Mundial 2014 a ter lugar no Brasil surgiu no caminho da Guiné-Bissau, o Togo. A selecção do Togo que depois de cerca de dois anos sem participar nas competições internacionais, foi de imediato considerado um adversário acessível. Os jogos tiveram lugar no corrente mês de Novembro. Na primeira mão realizada em Bissau a 11 de Novembro, o jogo terminou empatado a uma bola. Para a Selecção nacional marcou Basile de carvalho de grande penalidade, enquanto que para o Togo, Akpé inaugurou o marcador no jogo.
A selecção nacional que praticamente dominou o jogo, desperdiçou uma mão cheia de oportunidades através dos médios zezinho e Mamadú Candé. No final da partida, Norton de matos atribuiu favoritismo ao Togo e criticou a forma como a organização tem preparado os jogos da selecção. Segundo o técnico nacional de nacionalidade portuguesa, se a Guiné-Bissau pretender mudar essa situação deve melhorar a organização.
Confrontado com as críticas a volta do seu trabalho, o seleccionador português afirmou que não podia fazer mais perante os seus adversários, uma vez que a selecção da Guiné-Bissau, para além de não ter base aquando da sua indigitação para o Comando técnico, continua a contar com jogadores pouco utilizados nos seus Clubes. A título de exemplo citou mais de meia dúzia dos titulares na selecção nacional que nas suas equipas não jogam.
O seleccionador destacou igualmente a incapacidade de preparar o jogo da primeira mão, uma vez que a selecção só cumpriu uma sessão de treino, enquanto que o seu adversário três.
Antes da partida para Togo, a selecção deslocou-se a Primatura para se despedir do Chefe do Governo. Carlos Gomes Jr. Depois de ouvir as lamentações do seleccionador e do jogador, deixou promessas que o Executivo que dirige continuaria a apoiar a selecção nacional na sua participação nas competições internacionais. O Chefe do Governo guineense criticou as falhas na organização tendo inclusive lembrado o jogo com o Senegal na qualificação para os jogos africanos. Carlos Gomes Jr. Considerou de inaceitável o que aconteceu. “Depois de muitos esforços feitos em termos financeiros e em campo, não podemos aceitar as derrotas por questões meramente administrativas. Por isso a partir de agora devem começar a tratar estas coisas com maior cuidado”, advertiu o PM.
Na mesma ocasião, falou das questões das dívidas com o treinador português. Disse que o seu Governo tem desbloqueado regularmente o dinheiro para pagar o seleccionador, pelo que foi apanhado de surpresa, quando aquele diz que ainda dispõe de mais de 4 meses de salário em atraso. “Ele é um chefe de família. Não aceito que as pessoas fiquem com um Chefe de família mais de quatro meses sem lhe pagar salários”, condenou o PM.
Nesse mesmo encontro, o PM prometeu que o seleccionador português seria pago, mas os responsáveis pela organização, Ministério de Desportos, Secretaria de Estado e a Federação devem obrigatoriamente facultar-lhe o relatório de execução que o Governo colocou a disposição da federação.
As palavras do PM não mudaram nada. As deslocações da federação continuaram a serem mudadas. Na deslocação para o Togo no quadro do jogo da segunda mão, os jogadores viajaram até Benin e fizeram o resto de autocarro. As justificações sobre essa viagem fatigante foram conotadas com tardio desbloqueio de verbas. Essa denúncia não teve nenhuma resposta dos responsáveis políticos, mas o que é certo é que, para a segunda mão, em termos de prémios de jogos, os jogadores guineenses, receberam mais.
O jogo aconteceu no Municipal de Lomé no dia 15 de Novembro. A selecção togolesa nessa partida contou com o regresso de Emanuel Sehiy Adebayor. A estrela togolesa que actua nos ingleses de Totenham Spurs regressou assim a selecção depois de dois anos de ausência. Ele que decidiu abandonar a selecção em 2010 depois do ataque que a comitiva togolesa foi alvo em Angola nas vésperas do CAN 2010, só foi convencido pelo presidente da federação e o ministro de desportos para regressar.
Relativamente a partida propriamente dita, a selecção nacional não foi além de uma derrota por 1-0. O golo togoles foi resultado de um auto-golo dos defesas nacionais. No final do jogo, o treinador criticou e de que maneira a arbitragem do camaronês Mussa.
Perante este cenário, a Guiné-Bissau viu assim adiados o sonho de participar tanto no Mundial como jna Taça de África das Nações.
Para CAN 2013, na fase preliminar, a selecção dos Djurtos deverá jogar com camarões, antes de entrar na fase de grupos.

Sem comentários:

Enviar um comentário