O período de transição foi o mais curto possível, porque os partidos políticos na oposição discordam com o modelo “duro” dos titulares dos principais órgãos de Soberania. Presidência da república; Governo da república e o Estado-Maior General das Forças Armadas. Para os políticos na oposição, está ali uma aliança que se prevalecer, pode causar estragos.
Raimundo Pereira, nas funções de Presidente da República interino, é visto nas correntes da oposição como um “yes man” do Primeiro-ministro Carlos Gomes Jr. Como prova disso, a oposição lembra que, Raimundo Pereira depois de ser advogado de Carlos Gomes Jr, tornou-se num homem de confiança absoluta.
E como forma de retribuir, Carlos Gomes Jr tem feito todas as suas apostas na pessoa de Raimundo Pereira. Em 2009, por exemplo, depois da morte de Nino Vieira, o Presidente do PAIGC e Primeiro-ministro preferiu Raimundo Pereira para a Presidência da república em vez de Malam Bacai Sanhá.
Por isso, nesse campo político, depois das cerimónias fúnebres de malam Bacai Sanhá, a oposição exigiu para que, o período estabelcido pela Constituição da República fosse legalmente cumprido. Os partidos políticos na oposição recusaram atender as preocupações manifestadas pelos responsáveis da Comissão nacional das Eleições.
Nos quartéis, as preocupações ainda parecem maior. A desconfiança existente entre Carlos Gomes Jr. e António Injai depois do 1 de Abril de 2010, parece estar nos melhores dias.
Várias foram as vezes que o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas foi ouvido a dizer que, se depender dele, este Governo vai chegar ao fim do seu mandato. Mas já disse ainda coisas bem piores contra o Governo. Por exemplo prometeu fazer guerra caso chegar ao país a reclamada missão de estabilização.
Mas a oposição prefere olhar pela aliança que resultou no desmantelamento do alegado golpe de Estado de 26 de Dezembro. Por considerarem tudo aquilo de manobras, acham que mais tempo no poder, estes três irão fazer ainda pior.
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