A polícia italiana interceptou uma conversa telefónica do comandante do Costa Concordia, um dia após o naufrágio, na qual Francesco Schettino admite ter abandonado o navio mal percebeu que este estava inclinado. Na mesma conversa, Schettino responsabiliza um “gerente” desconhecido das autoridades pela navegação na zona costeira.
“Quando me apercebi de que o navio estava inclinado, fui-me”, diz Francesco Schettino a um amigo, por telefone, segundo o diário italiano La Repubblica. Na versão que o próprio comandante contou à juíza italiana a quem prestou declarações, Schettino teria abandonado o navio acidentalmente, depois de ter tropeçado e caído num barco salva-vidas.
Mas os detalhes revelados por esta conversa não se ficam por aqui. Schettino revela ainda ao amigo que foi pressionado por um responsável – cujo nome se desconhece – para se aproximar da ilha de Giglio. “O gerente insistia comigo: ‘Passa por ali, passa por ali’. [Embora] outros em meu lugar não tivessem sido tão benevolentes, não tinham aceitado, mas insistia, que eu não tinha coragem, ‘passa por ali, passa por ali’”, recorda.
“Passei, e os instrumentos de bordo não indicavam que houvesse nada lá em baixo”, continua Schettino, que aos agentes responsáveis pela investigação do naufrágio disse que as pressões para aproximar o navio tinham sido feitas a partir da Costa Crociere, a empresa proprietária do navio, para efeitos publicitários. Esta, por sua vez, assegura que a mudança de rota não foi autorizada.
O naufrágio do navio cruzeiro Costa Concordia, junto à ilha italiana de Giglio, a 13 de Janeiro, provocou pelo menos 16 mortos. O navio cruzeiro tinha saído do porto de Civitavecchia nesse mesmo dia com destino a Savona.
Mas os detalhes revelados por esta conversa não se ficam por aqui. Schettino revela ainda ao amigo que foi pressionado por um responsável – cujo nome se desconhece – para se aproximar da ilha de Giglio. “O gerente insistia comigo: ‘Passa por ali, passa por ali’. [Embora] outros em meu lugar não tivessem sido tão benevolentes, não tinham aceitado, mas insistia, que eu não tinha coragem, ‘passa por ali, passa por ali’”, recorda.
“Passei, e os instrumentos de bordo não indicavam que houvesse nada lá em baixo”, continua Schettino, que aos agentes responsáveis pela investigação do naufrágio disse que as pressões para aproximar o navio tinham sido feitas a partir da Costa Crociere, a empresa proprietária do navio, para efeitos publicitários. Esta, por sua vez, assegura que a mudança de rota não foi autorizada.
O naufrágio do navio cruzeiro Costa Concordia, junto à ilha italiana de Giglio, a 13 de Janeiro, provocou pelo menos 16 mortos. O navio cruzeiro tinha saído do porto de Civitavecchia nesse mesmo dia com destino a Savona.
IN Público
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