quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Processo de estabilização da Guiné-Bissau leva Georges Chicoti a Nigéria e Gana

O ministro das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chicoti, partiu hoje, quinta-feira, para as repúblicas da Nigéria e do Gana, onde vai proceder a entrega de mensagens do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, aos seus homólogos Goodluck Jonathan e John Evans Mills, respectivamente.  

Em declarações à Angop, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, o governante explicou que vai cumprir uma missão emanada pelo Chefe de Estado, na sua qualidade de presidente em exercício da CPLP, visando a estabilização política na Guiné-Bissau. 

“Sabe que Angola nesse momento é o único país que tem efectivos militares que estão a ajudar a estabilização política e militar da Guiné-Bissau, para que se implemente o programa de reforma das Forças Armadas naquele país “, realçou.

Nesta conformidade, explicou, é desejo do Estadista angolano que todos os países, quer da CPLP como da CEDEAO, estejam envolvidos e façam mais para a estabilidade da Guiné-Bissau, uma vez que existe um mandato das Nações Unidas que foi renovado para o efeito.

“ A ideia é de que todos os países das referidas comunidades possam, com urgência, coordenar os seus esforços com as Nações Unidas para que se acelere o processo de estabilização da Guiné-Bissau”, concluiu.

O chefe da diplomacia angolana deve regressar ao país nesta sexta-feira (06).

O Presidente angolano e em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa condenou “veementemente” a acção ocorrida no dia 26 de Dezembro de 2011, na cidade de Bissau, perpetrada por um grupo de militares amotinados que, a pretexto de reivindicações dos seus salários, ocupou o paiol do quartel de Amura.

Segundo uma fonte oficial, a condenação está contida numa carta enviada no final do ano passado aos seus homólogos da CPLP, na qual refere que os militares amotinados tentaram igualmente assaltar o Quartel do Exército e o Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses.  

O Presidente da CPLP considerou essa acção “potenciadora de instabilidade” e apelou aos membros das Forças Armadas da Guiné-Bissau, particularmente às Chefias Militares, “para que se abstenham de qualquer ingerência nos assuntos políticos e respeitem a sua tutela e a ordem constitucional, assim como o Estado de Direito e os direitos humanos”.

O Presidente José Eduardo dos Santos acrescentou na carta que os esforços envidados pela CEDEAO, para a conclusão e assinatura de um Memorando de Entendimento relativo à aplicação do roteiro sobre a reforma da Defesa e Segurança, assim como o recente prolongamento pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas do mandato da UNIOGBIS até Fevereiro de 2013.

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