quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Julian Assange vai entrevistar líderes políticos, pensadores e revolucionários

Julian Assange, o criador do site WikiLeaks, vai ser o apresentador de um programa de entrevistas com líderes políticos, pensadores e revolucionários de todo o mundo, transmitido pelo canal de televisão em inglês pago pelo Kremlin, a Russia Today (RT).
O objectivo do programa será "ajudar a pensar aquilo que será o mundo de amanhã", diz o comunicado avançado no próprio site da Wikileaks. Julian Assange permanece em prisão domiciliária no Reino Unido desde Dezembro de 2011, acusado de agressões sexuais na Suécia, que reclama a sua extradição.

Sem adiantar nomes de convidados, o comunicado diz que o programa deverá começar a ser transmitido em Março e que será gravado a partir da mansão nos arredores de Londres onde está a viver.

No mesmo comunicado pode ler-se que num momento tão definidor como este - em que os regimes ditatoriais tremeram com a Primavera Árabe e em que as democracias ocidentais se agitam com uma tremenda crise financeira e de fé nas instituições políticas - “a Internet nunca foi tão forte nem nunca esteve tanto sob ataque”.

“Neste momento tão fulcral há a consciência da necessidade de repensarmos radicalmente o mundo à nossa volta”, indica ainda o mesmo comunicado. 

Sobre o seu programa Assange diz: “Nesta série de entrevistas irei explorar as nossas perspectivas de futuro através de conversas com pessoas que estão a dar forma a esse mesmo futuro. Estamos a caminhar em direcção a uma utopia ou a uma distopia, e de que forma poderemos lançar os nossos caminhos? Esta é uma excelente oportunidade para debater a visão dos meus convidados num novo estilo de programa que examina as suas filosofias e as suas lutas de uma forma mais profunda e mais clara do que foi feito anteriormente”.

O site WikiLeaks divulgou em 2010 mais de 391 mil documentos secretos sobre o Iraque e 77 mil documentos sobre o Afeganistão dos Estados Unidos, e ainda cerca de 250 mil telegramas diplomáticos entre o Departamento de Estado e mais de 270 embaixadas norte-americanas por todo o mundo.

Por esse motivo, quer o site quer o próprio Julian Assange são considerados personae non gratae pela Administração americana e por diversos governos e organizações ocidentais.


In Público

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